quinta-feira, 25 de março de 2010

O MONGE E EXECUTIVO

O Monge e o Executivo: As lições da espiritualidade para o mundo do trabalho

(James C. Hunter )


No livro há um evidente contraponto entre os personagens centrais. Temos por um lado o executivo e toda a sua necessidade de respostas certas e praticamente imediatas para que seus negócios sejam bem-sucedidos. Pensam muitos desses profissionais que é necessário passar para as outras pessoas toda a autoridade do cargo a partir de atitudes (muitas vezes arrogantes e autoritárias) e ações (que depreendam inteligência e velocidade de raciocínio).


"O verdadeiro compromisso envolve o crescimento do indivíduo e do grupo, juntamente com o aperfeiçoamento constante. O líder comprometido dedica-se ao crescimento e aperfeiçoamento de seus liderados. Ao pedirmos às pessoas que lideramos que se tornem o melhor que puderem, que se esforcem no sentido de se aperfeiçoarem sempre, devemos também demonstrar que nós, como líderes, estaremos também empenhados em crescer e nos tornarmos o melhor que pudermos. Isso requer compromisso, paixão, investimento nos liderados e clareza por parte do líder a respeito do que ele pretende conseguir do grupo".


Executivos têm que se vestir dentro de uma elegância sóbria porém ostentatória. Ternos bem cortados, de grifes conhecidas, gravatas importadas, sapatos de couro engraxados com esmero devem ser acompanhados por anéis, correntes, relógios, agendas eletrônicas, computadores de bolso e celulares de última geração.

Os monges, por sua vez, vivem de forma espartana e simples. Acordam cedo para meditar, rezar e refletir. Estão sempre em contato com a natureza e se dispõem a auxiliar nos trabalhos mais simples. Não vivem dentro de uma lógica materialista e, tampouco se sentem compelidos a rapidez que os tempos modernos parecem exigir de todos.

Talvez "servir" seja a palavra-chave para melhor compreender as diferenças entre o monge e o executivo. Para os religiosos as relações humanas e o sucesso de seus empreendimentos em qualquer área passam necessariamente por uma atitude relacionada ao servir aplicada a todas as pessoas envolvidas numa comunidade ou trabalho.

Em "O Monge e o Executivo" aprendemos que o conceito de liderança é tão antigo quanto à própria humanidade e que, efetivamente, suas definições se tornaram mais claras a partir da ação de Jesus Cristo. Seus pronunciamentos em favor do "amor ao próximo" são bem explicados no livro e superam o conhecimento de senso comum que se aplica a tão importante e fundamental princípio.

Há muitas outras lições nas páginas de "O Monge e o Executivo" que se aplicam à vida e ao trabalho de educadores e demais profissionais. É, inclusive, valioso para que ainda está estudando e busca uma formação que lhe possibilite uma boa colocação no mercado. Em uma de suas passagens, o autor James C. Hunter destaca o espírito do livro a partir de um ditado de índios americanos que ajudaria, com certeza, a professora do início do texto a entender um pouco da relação que devemos ter com o mundo no qual vivemos: "Quando você nasceu, você chorou e o mundo se regozijou. Viva sua vida de tal maneira que, quando você morrer, o mundo chore e você se regozije".


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